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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Little times capítulo três


" Mas querida tu fazes-me 
mover tão rápido
Porque eu sei que tu queres
ser má." - 
Magic/One Direction.



" Droga, garoto! " 

Você P.O.V's 

Dois dias haviam se passado, e eu nunca vi 48 horas se passarem tão lentamente. Talvez fosse porque eu estava muito ansiosa, ou só porque o tempo é sempre do contra comigo, mas enfim. Aqui estou eu no aeroporto do Rio de Janeiro, quase morrendo sufocada com o tanto de apertos e abraços que eu estou recebendo da minha mãe. Do meu pai até nem tanto, mas nesse tipo de caso a minha mãe batia record. Sei disso porque o Justin já viajou para fora do país e a mamãe quase não deixava ele ir. Meu irmão estava do meu lado de braços cruzados e mexendo em seu celular provavelmente querendo estar em um lugar melhor como sair com os amigos por aí andando de skate quando se era fim de semana. Olhei o meu relógio de pulso e faltavam dez minutos para o meu embarque, e só então eu pude sentir as borboletas se agitarem mais ainda no meu estômago. Eu estava nervosa, principalmente porque eu estava viajando sozinha com 15 anos, e convenhamos, era a primeira vez que eu viajaria para outro país e para passar as férias de verão, mas eu realmente estava gostando daquilo. 


- " Senhores passageiros, última chamada para o voo 232, com destino ao Caribe, embarque imediato no portão C. - a voz irritante da aeromoça soou no auto-falante e eu respirei fundo, me preparando para receber mais abraços e apertos.  

Suamãe: Se divirta bastante meu amor, aproveite suas férias e não se esqueça de nos ligar. - me deu um abraço carinhoso, beijando minha testa em seguida. 
Seupai: Tome cuidado por lá, preste atenção nas suas companhias e não dê muita bola para estranhos. 
Eu: Ok pai. - revirei os olhos sorrindo de canto já acostumada a ser tratada como uma menina de 12 anos. - Pode deixar. 
Justin: Vê se não apronta por lá, marrentinha. - falou chegando próximo de mim e batendo de leve na minha cabeça. 
Eu: Pode deixar, vou me divertir bastante. - sorri sarcástica batendo no seu ombro. 
Justin: Isso, pode esfregar na cara. - revirou os olhos. 
Eu: Besta. - disse e me esquivei o abraçando, já que ele era incrivelmente maior que eu. 
Justin: Fazer o quê, sou seu irmão. - retribuiu o abraço, e logo em seguida nos afastamos e eu  dei o primeiro passo na direção do portão de embarque. 

Eu: Bom, então tchau. Amo vocês. - falei antes de dar as costas para eles e ouvir um " Também amamos você, se divirta " e algumas coisas aleatórias que eu apenas respondi com um último aceno junto com um sorriso. 

  Caminhei até o portão indicado para o embarque do meu voo e mostrei minha identidade e o registro da viagem, e a moça sorriu para mim me desejando um boa viagem, o que provavelmente era ouvido por todos que passavam por ali. Fui andando pelo " túnel " que levava até o avião, que não demorou muito para me levar até o seu interior. Olhei para o papelzinho em minha mão no qual marcava o número da minha cadeira, ficava mais ou menos na parte do meio, e era na janela, o que era bem mais divertido viajar olhando a vista lá embaixo ou até mesmo o avião atravessando as nuvens. 
   
   Após a mesma voz irritante falar no auto-falante em três línguas diferentes para desligarmos os celulares já que íamos decolar em pouco tempo, eu nem me preocupei em abrir minha bolsa, já que o meu já estava desligado desde antes de embarcar. Peguei meu Ipad e coloquei os fones, escutando músicas em aleatório dos Beatles, Red hot Chili Peppers, que eu também gostava. Depois de um tempo encarando a vista da janela, eu acabei optando por fechar os olhos e tentar dormir. 


    

[...]


   Acordei com alguém me cutucando, abri meus olhos lentamente vendo a aeromoça que avisava que havíamos chegado e que posaríamos em minutos. Tirei os fones e guardei o Ipad que já tinha descarregado, já que eu havia dormido deixando-o reproduzindo músicas. Me ajeitei na cadeira e passei as mãos nos meus cabelos, e cheguei a conclusão de que eu deveria estar com uma cara não muito agradável, mas apenas ignorei. 
   
   Saí do portão de desembarque já com as minhas malas, e diminui mais os passos observando todas aquelas pessoas que me pareciam ser a maioria turistas, já que o caribe era um dos lugares que recebiam mais gente de fora. Comecei a procurar a saída daquele aeroporto completamente diferente e muito maior, e eu não encontrava nenhuma placa escrita na minha língua. Decidi me informar com um segurança que estava por ali, obviamente ajudaria muito. 

Eu: Com licença. - falei em inglês e ele se virou para mim. - Poderia me dizer aonde fica a saída? 
XXX: Você pode seguir em frente, depois virar a esquerda por aqui e terá vários portões, qualquer um deles te levará para o estacionamento, então é só pegar o elevador. - ele explicou fazendo gestos com a mão que indicavam a direção, agradeci e peguei minha mala, recebendo um sorriso fraco dele em troca. 
  Assim que eu já me encontrava na rua eu sorri por ver o céu incrivelmente limpo e azul, o clima quente e agradável, não tão quente como o Brasil e o cheiro de verão no ar. Eu adorava aquilo. Senti meu celular que eu acabara de ligar vibrar no meu bolso e eu o peguei, vendo um número familiar piscar na tela, quem era de se esperar. 

Ligação On

Eu: Oi mãe, já cheguei. 
Suamãe: Que bom, e então, como foi a viagem? Tranquila?
Eu: Acho que sim, porque eu dormi praticamente a viagem inteira. 
Suamãe: - sorriu - Você ainda está no aeroporto? 
Eu: Acabei de sair, vou pegar um táxi para o hotel, espero que não seja longe, porque eu estou morta. 
Suamãe: Dormiu a viagem inteira e ainda está cansada? 
Eu: É né. - sorri. - A senhora sabe se fica muito distante do aeroporto?
Suamãe: Pelo que eu vi não, é o hotel Sun Palace, é só dizer ao taxista que ele com certeza vai saber onde fica. 
Eu: Tudo bem mãe, obrigada. Agora eu tenho que ir, ainda vou ter que resolver as coisas no hotel. Mais tarde eu ligo. 
Suamãe: Ok SeuApelido, vai lá, seu pai e seu irmão estão mandando um beijo. 
XXX: EU TÔ DANDO GRAÇAS A DEUS, ISSO SIM. - escutei a voz do Justin do outro lado da linha e gargalhei. 
Eu: Manda outro para o Justin, e diz ao papai para ficar tranquilo. Beijos! 
Suamãe: Pode deixar, beijos. 

Ligação Off

  Guardei o celular no bolso da calça ainda sorrindo e naquele momento eu estava me sentindo a pessoa mais independente do mundo viajando sozinha, e me dando bem sem ter ninguém enchendo meu saco dizendo o que eu tinha que fazer ou não. Essa era definitivamente uma das melhores partes da viagem, por mais que também fosse divertido ter minha família aqui, mas com certeza estava sendo muito melhor assim. 
  Fiz sinal para um dos vários táxis que passavam ali, não demorando muito para mim conseguir um. 

Eu: Boa tarde, pode me levar nesse hotel por favor? - entreguei o pedaço de papel com o nome escrito com a minha caligrafia mal feita e o senhor sorriu gentilmente. 

  Já se passara dez minutos que estávamos a caminho e a cada esquina que o carro dobrava eu tirava um foto, que mesmo com o carro em um movimento regular eu conseguira pegar ângulos em que ficassem bons e que as fotos não ficavam tremidas. Eu queria registrar tudo, cada momento e quem sabe depois revelar as melhores e colocar em um álbum de fotos no qual eu guardava os melhores lugares que eu ia. Não tinha tantas fotos, já que eu não passeava muito, mas ele iria ficar bastante carregado depois que eu acrescentasse as lembranças daqui, e olha que eu havia acabado de chegar. 

XXX: Turista? - o taxista me perguntou notando a minha empolgação com a câmera. 
Eu: Sim, acabei de chegar. - respondi sorrindo e guardando a câmera. 
XXX: Pelo que vejo vem de longe certo? Seu sotaque me parece diferente. 
Eu: Sim, eu sou do Brasil, estou me dedicando para conseguir falar o melhor do inglês que aprendi. 
XXX: Logo vi. Minha sobrinha mora no Brasil, mesmo sendo britânica. Ela fala um português fluente, já que se mudou pra lá quando ainda era pequena. Eu até tento, mas acho que não sou tão bom, mesmo a minha área exigindo um pouco disso. - ele riu. 
Eu: Realmente, para conseguir aprender esse inglês que eu falo hoje foram um ano de curso, mas eu pretendo estudar mais já que sou uma grande admiradora. 
XXX: O seu inglês está até bom, mas vejo que ainda tem algumas dificuldades, mas nada muito sério. 
Eu: O senhor sabe se o hotel que eu vou me hospedar tem uma boa localização? Assim, se eu quiser sair, ou visitar outros lugares mais distantes. 
XXX: O seu hotel é um dos melhores que tem por aqui, jovem. Pelo meu conhecimento, acredito que irá gostar. 
Eu: Ah, que ótimo! - me animei mais ainda, fazendo-o sorrir novamente. 
XXX: Esses jovens de hoje sempre querendo aproveitar ao máximo... Continue assim, aproveite enquanto não chega na minha idade. Tudo fica mais complicado. 
Eu: É, eu faço o máximo, até porque só somos jovens uma vez. 
XXX: A Hanna também é assim, adora sair e se divertir com os amigos, as vezes acaba até exagerando um pouco, mas os pais sempre estão de alguma forma regulando-a no Brasil, já que é o país das festas não é? Principalmente o carnaval, é a festa preferida. 
Eu: Sim, a maior festa do mundo. - sorri. 
XXX: Bem, chegamos. - ele disse parando o carro perto do meio fio e eu tive que olhar para cima para poder ver o tamanho dos prédios que o Sun Palace tinha. Eram enormes, e ele em geral era o maior que eu já vi. - O meu nome é George, se você quiser ir a restaurantes, eventos ou até mesmo conhecer os pontos turísticos pode me ligar. - ele me entregou um cartão, que tinha escrito o seu nome e o número de dois celulares. - Se outra pessoa atender, não se preocupe, vai ser a minha mulher, você pode falar com ela e dizer que é um cliente minha, ela vai me ligar e pedir a sua localização. 
Eu: Tudo bem, muito obrigada George. - sorri gentilmente abrindo a porta do carro. - Tenho um ótimo dia. 
George: Você também, até breve. 
Eu: Até. - falei antes de fechar a porta do carro e me virar de costas sentindo o mesmo dar a partida. Já havia começado bem as férias de verão, pelo menos eu já conheci um taxista legal. 

  
  Me joguei na cama macia e super aconchegante morrendo de cansaço. Mesmo que eu tivesse dormido praticamente a viagem inteira eu sentia o meu corpo ainda pedindo por um pouco de descanso. Olhei para o meu relógio de pulso e o mesmo marcava 13:15, e eu cheguei a conclusão de que não iria dormir, e sim descer para conhecer o tão maravilhoso e amplo hotel. 
  Depois de tomar um banho um tanto quanto demorado, coloquei um dos meus biquínis, peguei protetor solar e óculos de sol, coloquei um short jeans branco e uma sandália rasteirinha básica, me olhando rapidamente no espelho gostando do que que via. Peguei minha bolsa e saí do quarto, trancando a porta com o cartão que continha uma senha que liberava a sua entrada no quarto e andei pelo corredor onde passava um rapaz vindo na direção contrária da minha. Ele aparentava ter a minha idade e carregava algo nas mãos, que com sua aproximação eu vi que era um copo com alguma bebida, refrigerante, talvez. Vi ele pegar o seu celular que tocava alto em seu bolso, ele não atendeu e veio com a cabeça baixa mexendo no aparelho em sua mão. 
   Escutei um barulho alto vindo do final do corredor atrás de mim e por impulso olhei, mas fui surpreendida quando alguém esbarrou em mim derramando um líquido gelado na minha barriga descoberta, e eu já podia ter uma ideia de quem era. 

Eu: Mas que droga! - falei vendo o meu short antes branco agora todo molhado de refrigerante. 
XXX: Caramba, me desculpa, eu estava distraído. 
Eu: Percebi. - falei irritada erguendo a cabeça vendo seu rosto próximo ao meu. 
XXX: Desculpa, sério. Quer que eu tente limpar ou...
Eu: Não, não, tudo bem. - olhei em seus olhos castanhos e pela expressão do seu rosto ele estava preocupado e um pouco assustado. Me afastei do seu corpo olhando mais uma vez para o meu short sentindo o líquido incrivelmente gelado agora escorrendo pelas minhas pernas. Bufei. 
   Dei as costas para ele com a intensão de voltar ao quarto para tomar outro banho e trocar de short, mas antes que eu pudesse sequer dar três passos, alguém me segurou pelo braço direito. 

XXX: Espera, eu poderia... 
Eu: Fazer alguma coisa? Não, você pode. - o interrompi cruzando os braços. 
XXX: Nossa, eu estava distraído, me desculpa! - pediu mais uma vez agora me encarando com um olhar agoniado como se estivesse feito uma coisa fatal. Confesso que fiquei com um pouco de pena, pois ele poderia simplesmente nem se importar no que acabara de acontecer e sair andando normalmente, pelo menos ele era educado. 
Eu: Tudo bem, está desculpado. - suspirei, vendo seu sorriso fraco em seguida. 
  Forcei um sorriso e me virei voltando o caminho para o meu quarto, e por mais que eu estivesse chateada por ter que tomar outro banho e ter que vestir outra roupa de banho eu ainda tentava ficar calma e aproveitar sem estresse. 


...

  Cheguei na recepção depois de demorar mais ou menos uns vinte minutos me banhando e me trocando, andei até a entrada do hotel e antes mesmo de começar a andar por ali eu procurei me informar de onde ficava o lugar que eu mais desejava ir desde que cheguei, a piscina. Estava calor e fazia tempo que eu não tomava banho de piscina, principalmente a dali, que deveria ser mais chique do que tudo. 
  Depois que me informei, andei um pouco até a parte de trás do resort, e eu nunca tinha visto uma piscina maior. Era gigante, tinha uns coqueiros em volta e ela pegava toda extensão ali, tinha alguns bares dentro da piscina e por incrível que pareça não tinham muitas pessoas por ali, o local estava pouco movimentado. 
  Coloquei minha bolsa em uma cadeira e sentei em uma do lado da mesma, passei protetor solar e coloquei os óculos de sol, peguei meu Ipad e coloquei os fones. Fiquei deitada ali por um tempo em que eu não estava preocupada em contar, até que senti algo acertar a minha cabeça. 


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Ufa, acabei! Passei a tarde toda
e um pedacinho da noite escrevendo 
esse capítulo e finalmente consegui acabar. 
E então, como está? 
Deixei o capítulo grande, e vou tentar fazer todos assim. 
Espero que estejam gostando :). 
Até mais. 

Letícia. 
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