Não se precisa de destino para duas pessoas que, no livro da vida vão ficar juntas.
Nem ele, e muito menos ela tinham ideia de que se encontrariam de
novo, e nem podiam imaginar que dali pra frente
começaria uma história que talvez ambos estivessem esperando a muito tempo,
a história em que nasceria um amor verdadeiro.
My angel - Niall Horan
parte dois.
Dois dias se passaram desde que eu fui atropelada. Meu joelho já havia até melhorado, mas não totalmente, já que era um ferimento fundo. Naquele dia Niall me deixou em casa, sem dizer mais nada, nem mesmo ter pedido o meu telefone como qualquer outro garoto faria. Ele apenas abriu a boca para perguntar algo que eu nem tinha lembrado ou me importado em dizer. Meu nome. Seus lábios se moldaram formando aquele seu típico sorriso de menino quando apronta, mas que ao mesmo tempo se tornava doce. Pisou no acelerador e foi embora, dobrando a primeira esquina antes da rua da minha escola me deixando na frente de casa olhando para a direção em que seu carro foi, mais confusa do que nunca. Talvez porque tenha sido algo novo, algo que nunca tivera acontecido, como alguém ser gentil comigo, ou sequer pensar em me ajudar. Niall foi atencioso, educado e cuidadoso o bastante para levar uma estranha qualquer para a sua casa e fazer um curativo no ferimento que ele nem causou, e principalmente de não ter se aproveitado da situação. E, estranhamente eu não parava de pensar naquilo, em tudo que aconteceu e principalmente naquelas íris azuis.
Depois de ter o mesmo sonho, acordar do mesmo jeito todos os dias e me levantar sempre algum tempo mais cedo, eu definitivamente não desejaria sair da cama por nada. Segunda-feira, pior dia. Hoje seria duas vezes pior do que as outras, já que eu tenho sorte o bastante para ser atropelada justo na frente da minha escola, justamente na frente de quase todo mundo, tirando pelas garotas que riram da minha cara mais do que nunca.
" tudo bem seunome, é só ignorar " pensava comigo mesma, mas não parecia funcionar de forma alguma.
Sem nem sequer ter tempo para pensar outra coisa, eu já me encontrava prestes a atravessar aquela rua novamente, aquela mesma faixa de pedestres e passar pelo mesmo lugar de dois dias atrás, mas eu podia garantir que desta vez eu não aumentaria o som dos fones de ouvido e muito menos andaria lentamente por causa daquelas cobras. Atravessei a rua sem olhar para os lados, evitando encarar os carros e o lado de fora do colégio a minha frente, meu olhar agora se focava no seu interior, onde a essa hora já havia alunos demais. Respirei fundo pondo o pé dentro daquele ambiente escolar sentindo o meu corpo esquentar e a minha respiração acelerar, e naquela hora eu queria ser invisível. Pares de olhos me encaravam com desprezo e os olhares dos mauricinhos me secavam como se eu fosse a pessoa mais ridícula e horrível do mundo.
XXX: E aí Seunome, como anda a vida? Muito zoada? - um deles falou, rindo junto com os outros em seguida.
XXX: Será que você não precisa de óculos para prestar mais atenção antes de atravessar a rua? - outro falou, e eu respirei fundo.
XXX: O problema não é esse Josh, o motorista deve ter tomado um susto e não ter conseguido pisar no freio. - o mais forte disse e os outros quatro riram mais alto.
XXX: É mesmo, coitado dele.
XXX: Deve estar no hospital respirando por máquinas a essa altura. - outro disse e eu já fazia um pouco de força para fingir que não ouvia.
XXX: Quem vai para o hospital vai ser você se não calar essa boca. - uma outra voz pouco familiar escoou atrás de mim, e logo em seguida meus olhos viram quem eu nunca esperava naquele momento. Ele estava ali, Niall.
XXX: Ah, é? E você vai fazer o quê? - um dos garotos o desafiou, olhando para os outros e rindo.
Niall: Você não brinca comigo cara. - falou se aproximando mais deles.
XXX: Se não você faz o que bixa loira?
Antes mesmo que eu pudesse sequer ver a reação do Niall, sua mão já havia acertado em cheio o rosto do garoto, fazendo-o cair no chão grogue. Minha mão foi levada a boca quando outros dois marmanjos vieram em cima dele, acertando em cheio o abdômen do Niall, mas antes que pudesse ser agredido novamente, Niall deu um chute no rosto de um e um murro no queixo do outro, derrubando-os também.
XXX: Levanta, a gente pega o malandro depois. - o que restou em pé dizia para os outros no chão, e Niall segurou minha mão limpando a boca em seguida.
Niall: Vem, vamos sair daqui. - me segurou com um pouco mais de força, me puxando e me fazendo andar em passos largos junto a ele até a saída da escola.
Estávamos na caminhonete do Niall, indo para algum lugar que eu não conseguia prestar atenção. Não havíamos falado nada, eu apenas observava a sua expressão de raiva e suas mãos segurando o voltante com força, seu pé pisando fundo no acelerador. Eu não conseguia calcular direito ainda o que acabara de acontecer, e perguntas já esperadas me incomodavam mais do que tudo naquele momento.
Niall: Aqueles idiotas fizeram alguma coisa com você? - ele me olhou nos olhos pela primeira vez naquele dia, parando o carro no sinal vermelho.
Eu: Apenas o de sempre. - suspirei sem coragem de lhe encarar.
Niall: Eles faziam isso com você todos os dias?
Eu: Porque fez aquilo? - ignorei sua pergunta finalmente erguendo a cabeça olhando seus olhos agora em um tom de azul escuro.
Ele não me respondeu, apenas respirou fundo e fechou os olhos, voltando a atenção para frente novamente e deu a partida no carro quando o sinal abriu, e naquele momento eu não me atreveria a perguntar mais nada, nem mesmo aonde ele estava me levando.
O cheiro de água salgada invadia minhas narinas e já dava para sentir o clima praiano antes mesmo que eu conseguisse observar a orla. Niall estacionou o carro próximo ao calçadão que estava vazio assim como a areia e talvez toda a praia. Desci do carro antes dele, que fez o mesmo que eu em seguida e desceu o calçadão junto a mim, sem dizer nada. Por mais que aquela situação estivesse sendo confusa, algo me dava confiança nele, algo que eu nunca tinha sentido por ninguém. Andamos mais um pouco e Niall sentou perto da beira da praia, e eu sentei ao seu lado, esperando que algo de mais acontecesse ali, como pelo menos alguma palavra saísse da sua boca e cortasse aquele clima tenso.
Eu: Loirinho... - ele olhou meu rosto depois de jogar uma pedra na água, que saiu pulando. Seus globos oculares agora estavam mais azuis do que nunca, um azul vivo, como se quisesse expressar algum tipo de emoção. - Obrigada por me defender, mas você não precisava ter feito aquilo. - seus lábios formaram um sorriso triste, sem mostrar os dentes, e eu me perguntava o porque dele não ter aquele sorriso de ontem. - Porque está assim? - decidi arriscar.
Niall: Só estou um pouco confuso... - disse virando o rosto encarando o horizonte.
Eu: Parece que estamos...
Niall: Eu sempre te via no colégio, sempre sofrendo com as coisas que aqueles imbecis falavam, mas nunca conseguia achar argumento para fazer nada, mas hoje eu não consegui aguentar. Ontem você já não era aquela garota que era zoada por todos, e sim a garota que eu ajudei e levei para minha casa para cuidar de um ferimento no joelho.
Eu: Você estudava lá desde o começo desse ano? - perguntei e ele confirmou com a cabeça.
- Pensei que ninguém se importava comigo. - balancei a cabeça negativamente ainda sem acreditar naquilo.
Niall: Eu estranhamente me importo com você. É como se eu me sentisse na obrigação de te ajudar. - ele passou as mãos nos cabelos da nuca.
Nós observávamos as ondas se quebrando, ouvindo o barulho do mar e sentindo o cheiro dos sargaços, e por mais que aquilo estivesse confuso e fosse totalmente novo pra mim, eu me sentia bem, eu me sentia, de alguma forma, protegida. Meus olhos se encheram de água, e eu não sabia exatamente o motivo certo. Talvez fosse uma mistura de tudo que estivesse acontecendo, mais lembranças do passado e traumas. Parecia um redemoinho de confusões girando na minha cabeça, e liberado em lágrimas.
Percebendo isso, Niall levou seu braço até a minha cintura, me trazendo mais para perto de si, me abraçando. Estava frio, e aquele abraço ali não só poderia me aquecer, mas também era como se fosse essencial naquele momento.
Niall: Ei, não precisa ficar assim. - ele apertou um pouco minha cintura.
Eu: Parece tão difícil enfrentar certas coisas sozinha, de tudo que eu já tive que aturar parece que agora está um pouco mais leve, mas ainda não vai acabar, de um jeito ou de outro eu vou ter que voltar para aquelas pessoas, e de um jeito ou de outro eu vou ter que aturar pior. - as lágrimas insistiam em cair, por mais que eu tentasse segurar. Levei minha mão direita até os meus olhos os enxugando, e antes de fazer isso podendo ver os meus pulsos com marcas do que eu tinha feito ontem a noite.
Niall: Você não precisa disso. - ele segurou o meu pulso. - Eu estou aqui, e por mais confuso que isso possa ser, você pode contar comigo sempre que precisar, não precisa ter medo.
Eu: É estranho. - murmurei, finalmente parando de chorar, levantando a cabeça para encará-lo, e naquele momento nossos olhares se encontraram como na primeira vez na rua. - Você me ajudou mesmo sem ter sido você que me atropelou, me levou para a sua casa a fim de cuidar do meu ferimento, se passaram dois dias desde então e você correu risco de apanhar de cinco caras só para me defender. - seus olhos me encararm atentos e os nossos rostos agora se encontravam mais próximos do que nunca. - Estamos fazendo tudo errado.
Niall: Sim, eu sei que estamos. - ele suspirou antes de me beijar.
Ele não me respondeu, apenas respirou fundo e fechou os olhos, voltando a atenção para frente novamente e deu a partida no carro quando o sinal abriu, e naquele momento eu não me atreveria a perguntar mais nada, nem mesmo aonde ele estava me levando.
O cheiro de água salgada invadia minhas narinas e já dava para sentir o clima praiano antes mesmo que eu conseguisse observar a orla. Niall estacionou o carro próximo ao calçadão que estava vazio assim como a areia e talvez toda a praia. Desci do carro antes dele, que fez o mesmo que eu em seguida e desceu o calçadão junto a mim, sem dizer nada. Por mais que aquela situação estivesse sendo confusa, algo me dava confiança nele, algo que eu nunca tinha sentido por ninguém. Andamos mais um pouco e Niall sentou perto da beira da praia, e eu sentei ao seu lado, esperando que algo de mais acontecesse ali, como pelo menos alguma palavra saísse da sua boca e cortasse aquele clima tenso.
Eu: Loirinho... - ele olhou meu rosto depois de jogar uma pedra na água, que saiu pulando. Seus globos oculares agora estavam mais azuis do que nunca, um azul vivo, como se quisesse expressar algum tipo de emoção. - Obrigada por me defender, mas você não precisava ter feito aquilo. - seus lábios formaram um sorriso triste, sem mostrar os dentes, e eu me perguntava o porque dele não ter aquele sorriso de ontem. - Porque está assim? - decidi arriscar.
Niall: Só estou um pouco confuso... - disse virando o rosto encarando o horizonte.
Eu: Parece que estamos...
Niall: Eu sempre te via no colégio, sempre sofrendo com as coisas que aqueles imbecis falavam, mas nunca conseguia achar argumento para fazer nada, mas hoje eu não consegui aguentar. Ontem você já não era aquela garota que era zoada por todos, e sim a garota que eu ajudei e levei para minha casa para cuidar de um ferimento no joelho.
Eu: Você estudava lá desde o começo desse ano? - perguntei e ele confirmou com a cabeça.
- Pensei que ninguém se importava comigo. - balancei a cabeça negativamente ainda sem acreditar naquilo.
Niall: Eu estranhamente me importo com você. É como se eu me sentisse na obrigação de te ajudar. - ele passou as mãos nos cabelos da nuca.
Nós observávamos as ondas se quebrando, ouvindo o barulho do mar e sentindo o cheiro dos sargaços, e por mais que aquilo estivesse confuso e fosse totalmente novo pra mim, eu me sentia bem, eu me sentia, de alguma forma, protegida. Meus olhos se encheram de água, e eu não sabia exatamente o motivo certo. Talvez fosse uma mistura de tudo que estivesse acontecendo, mais lembranças do passado e traumas. Parecia um redemoinho de confusões girando na minha cabeça, e liberado em lágrimas.
Percebendo isso, Niall levou seu braço até a minha cintura, me trazendo mais para perto de si, me abraçando. Estava frio, e aquele abraço ali não só poderia me aquecer, mas também era como se fosse essencial naquele momento.
Niall: Ei, não precisa ficar assim. - ele apertou um pouco minha cintura.
Eu: Parece tão difícil enfrentar certas coisas sozinha, de tudo que eu já tive que aturar parece que agora está um pouco mais leve, mas ainda não vai acabar, de um jeito ou de outro eu vou ter que voltar para aquelas pessoas, e de um jeito ou de outro eu vou ter que aturar pior. - as lágrimas insistiam em cair, por mais que eu tentasse segurar. Levei minha mão direita até os meus olhos os enxugando, e antes de fazer isso podendo ver os meus pulsos com marcas do que eu tinha feito ontem a noite.
Niall: Você não precisa disso. - ele segurou o meu pulso. - Eu estou aqui, e por mais confuso que isso possa ser, você pode contar comigo sempre que precisar, não precisa ter medo.
Eu: É estranho. - murmurei, finalmente parando de chorar, levantando a cabeça para encará-lo, e naquele momento nossos olhares se encontraram como na primeira vez na rua. - Você me ajudou mesmo sem ter sido você que me atropelou, me levou para a sua casa a fim de cuidar do meu ferimento, se passaram dois dias desde então e você correu risco de apanhar de cinco caras só para me defender. - seus olhos me encararm atentos e os nossos rostos agora se encontravam mais próximos do que nunca. - Estamos fazendo tudo errado.
Niall: Sim, eu sei que estamos. - ele suspirou antes de me beijar.
Terceira parte em breve!

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